Depois de uma quarta de pizza, cerveja, músicas e cigarro. Continuo na varanda com o meu cigarro.
As vezes a gente pensa, talvez não seja a melhor saída, mas se pensa.
Sozinha aqui eu não acho ninguém no msn, ninguém na minha vida.
Alguém tem, não tenho, tive, não precisava, mas hoje, aqui, preciso. Com o meu LS e meu doce de leite vejo que a minha escolha não é minha.
Do terceiro andar vejo tantas luzes e só uma estrela, cidade grande demais pra caber a intensidade de um lugarzinho com seis mil habitantes e só você.
Com um mundo novo pela frente eu sinto falta do aconchego de antes, e com muito sacrifício para digitar qualquer palavra medíocre me recuso a pegar no celular e ouvir a voz da sua namorada atendendo no seu lugar, meu lugar.
Continuo com o cigarro, com a minha pouco bateria restante e com o meu sacrifico contínuo de acreditar. Nasci assim, querendo colocar o mundo dentro de mim, desejando tudo do meu jeito. Minto, não desejo o mundo, mas somente uma coisa que já tive, tive e tive, mas nunca fez questão de me ter.
Amanhã quando eu ler esse post sentirei vergonha, vergonha do meu fracasso em pensar que poderia ser mais, em não ser tão previsível, em não ter tanto a tal da auto-estima.
Ninguém precisa de mais lamentos, já basta os nossos próprios.
A vida não é doce, pra que cigarro de menta?
Pra que amores que não são seus, por que minhas palavras não fazem sentido?
Por que essa estrela insiste em se afastar de mim?
Ninguém quer respostas prontas, então diga-me como encontro as minhas?
Só o tempo cura. Que tempo? que cura?
Enquanto a tempo deixa que fiquem abertas para que eu saiba que senti.
Um dia desisto de você e apago meu cigarro.
M. Resende
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