Hoje conversei com alguém sobre colidir, foi breve, mas não me impediu de pensar sobre o assunto e de querer escrever sobre.
Então este é sobre colisões.
Tenho que confessar que na arte de me chocar com as pessoas eu me destaco.
Segundo dicionários, colidir pode ser: fazer ir de encontro a; quebrar (uma coisa), batendo-a contra outra; estar em oposição, contradizer-se; unir.
Eu estou em uma eterna colisão com o mundo! Principalmente quando bêbada. Considerando que eu sempre me esbarro e conheço pessoas desta forma, uma trombada, um tropeço e pronto, já foi o suficiente para que um papo se desenvolva e ela comece a participar da minha noite, que sá da minha semana, isso pode durar um mês, por sorte ou azar dos envolvidos.
Estou me perdendo em meio as minha próprias colisões e desviando do lado poético que pretendia assumir neste monólogo sobre se perder.
Gostaria de falar sobre aquele instante em que alguém consegue ir de encontro a você e vice-versa, você nota que algo foi e na volta, revirou. Posso estar falando de um olhar que prende, um toque que arrepia, até mesmo uma boca que te puxa, tudo isso não passa de uma troca de energias.
Nós colidimos, nossos elétrons se embaralharam, junto com o que éramos e agora somos mais.
Não adianta passar pela vida de alguém sem que ela não tenha te e se afetado. Voltando ao dicionário temos, afeto: deixar transparecer; impulso do ânimo; sua manifestação; sentimento, paixão; amizade, amor, simpatia; incumbido, entregue; causar .afetação a; provocar determinado sentimento.
Colidir seria então entregar-se sem se sentir? Manifestar-se sem se manifestar? Impulsionar e ser impulsionado ao mesmo tempo que afeta e é afetado enquanto batemos por estarmos em oposição? Mas um por um instante não estamos mais contrários. Estamos lado a lado ou frente a frente, um mesmo ponto, um mesmo átomo, uma grande explosão que determina que ali começou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário