sexta-feira, fevereiro 14, 2014

A desmitificação do corpo feminino

Esta postagem vem falando sobre o corpo feminino, levantando alguns achismos pessoais de quem vos discorre. rs
Bom, a intenção era desmascarar o porquê de tanta exaltação ao corpo da mulher, o porquê de tanta cobiça e desejo incontrolável por parte de agressores (físicos, verbais, mentais, etc).
Sigo uma linha de raciocínio voltada para aquilo que é desconhecido, segundo ela, temos curiosidade e estamos mais propícios a perder o controle quando enfrentamos algo que a nós é diferente.
Mas por que o corpo feminino seria algo diferente a nós? Talvez por todo o pudor hipócrita arraigado nesta nossa sociedade e em nossas próprias concepções de homem/mulher?
Se peito e bunda fosse algo comum ( no sentido de normal) à maioria, não haveriam mais piadinhas ou cantadas machistas que os exaltam como raridades no mundo. Gente, vocês tem bunda? Peito? Nem que seja pequeno, sem glândulas mamarias? Nós temos, né?!
Acredito que a sacada esteja em notarmos que nada é extraordinário, as formas variam, mas a composição é a mesma.  
Então não se impressione com algo do tipo, a partir do momento que você conhece já não há mitos, não existem mistérios, você entende. 
Podemos compreender que uma mulher, assim como um homem, pode andar sem camisa por ai e não sofrer violência ou represarias. A distinção quem faz é o nosso cérebro, enquanto pensantes ou não
(em muitos casos) . 

Vamos tirar essa aura mítica atribuída ao corpo feminino? Vamos nos entender como iguais?

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Chico e suas mulheres

Nesta postagem quero lhes apresentar uma pesquisa sobre  O Sujeito Homoerótico Feminino em Chico Buarque: análise de “Bárbara” e “Mar e Lua”, que fala sobre relacionamento entre mulheres e as amarras sociais e culturais que circundam essas relações.
 Apesar das músicas terem sido escritas a algum tempo, o tema ainda é atual visto que numa sociedade tão diversa ainda encontramos espaços não "civilizados" que não veem estas relações como simplesmente formas diferentes da sua de querer o outro. 


Em resumo a publicação discorre sobre:



"A seguinte pesquisa propõe um estudo comparativo das canções “Bárbara” e “Mar e Lua” do compositor Chico Buarque de Holanda, sob a perspectiva da construção de sujeitos femininos submissos à ordem social que os impede de realizar seus desejos. Ambas remetem a temática do amor como mote a poesia e são marcadas por um conflito estabelecido, não pelo sentimento amoroso, mas por se tratar de uma relação homoerótica. A representatividade dos sentimentos femininos, mais explicitamente do homoerotismo feminino, traz a purgação da dor, contida no distanciamento das relações, seja pelos padrões sociais exigidos, seja pelo fim do amor em um dos sujeitos. Essas canções mostram a configuração do preconceito culminando no elemento trágico, fator condicionante da impossibilidade da realização plena do amor entre os eu-líricos."

(Maria Cleide Rodrigues Bernardino, 
Carine Rodrigues Nogueira,
 Edivânia Frutuoso da Silva, 
Aline Rodrigues Nogueira)

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Átomos em colisão

Hoje conversei com alguém sobre colidir, foi breve, mas não me impediu de pensar sobre o assunto e de querer escrever sobre.
 Então este é sobre colisões.
Tenho que confessar que na arte de me chocar com as pessoas eu me destaco.
 Segundo dicionários, colidir pode ser:  fazer ir de encontro a; quebrar (uma coisa), batendo-a contra outra; estar em oposiçãocontradizer-se; unir. 
Eu estou em uma eterna colisão com o mundo! Principalmente quando bêbada. Considerando que eu sempre me esbarro e conheço pessoas desta forma, uma trombada, um tropeço e pronto, já foi o suficiente para que um papo se desenvolva e ela comece a participar da minha noite, que sá da minha semana, isso pode durar um mês, por sorte ou azar dos envolvidos.
Estou me perdendo em meio as minha próprias colisões e desviando do lado poético que pretendia assumir neste monólogo sobre se perder.
Gostaria de falar sobre aquele instante em que alguém consegue ir de encontro a você e vice-versa, você nota que algo foi e na volta, revirou. Posso estar falando de um olhar que prende, um toque que arrepia, até mesmo uma boca que te puxa, tudo isso não passa de uma troca de energias. 
Nós colidimos, nossos elétrons se embaralharam, junto com o que éramos e agora somos mais.  
Não adianta passar pela vida de alguém sem que ela não tenha te e se afetado. Voltando ao dicionário temos, afeto: deixar transparecer; impulso do ânimosua manifestação; sentimentopaixão; amizadeamorsimpatia; incumbidoentregue; causar .afetação a; provocar determinado sentimento
Colidir seria então entregar-se sem se sentir? Manifestar-se sem se manifestar? Impulsionar e ser impulsionado ao mesmo tempo que afeta e é afetado enquanto batemos por estarmos em oposição? Mas um por um instante não estamos mais contrários. Estamos lado a lado ou frente a frente, um mesmo ponto, um mesmo átomo, uma grande explosão que determina que ali começou